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Transcrição:
Alguns de vós deixaram já os compromissos para com a antiga civilização de superfície. Eles já abandonaram de forma decidida, o antigo veículo coletivo onde tantos irmãos ainda se batem, ainda se confrontam.
Alguns desses irmãos estão conosco. Alguns desses irmãos foram integrados a tarefas próprias dos mundos internos. Outros irmãos estão na superfície trabalhando dentro do plano. Esses irmãos podem ter ou podem não ter consciência da energia e da origem da energia que os atravessa. É o caso de muitos de vós. É o caso de muitos daqueles que estão agora a ouvir essas transmissões.
Falamos para esses. Para os que já estão definitivamente no caminho que os conduzirá à realidade superior. Falamos para aqueles que tem consciência desse caminho e que trabalham dentro dessa consciência. E falamos também para os outros que até agora não tenham tido consciência da origem do seu altruísmo, da origem da sua generosidade, da origem do seu amor profundo mas que estão sendo agora chamados no sentido de consciencializar de uma forma mais completa, a sua vida interior.
Estão a ser chamados para desempenhar um trabalho diferente daquele que tem desempenhado. Um trabalho onde a consciência do serviço possa potencializar os atos e a energia que o ser emite. A intenção, o ritmo.
Queridos irmãos, uni-vos aos Conselhos. Integrai-vos como unidades conscientes, como unidades responsáveis. Integrai-vos à grande pirâmide eterna que protege o planeta Terra e que é filha da pirâmide que constitui a consciência deste sistema solar.
Está aberto o tempo, está aberto o canal temporal, está aberto o canal energético para que o vosso ser possa ser sintetizado nestes oceanos de consciência. Apesar de muitos de vós haverem já assumido passos importantes, detectamos com freqüência nas suas atmosferas interiores a presença paralizante da dúvida. Contudo, para um ser que se integrou a nova vibração, para um ser que se integrou ao novo ritmo, a dúvida já não desempenha o papel metódico, o papel de defesa que desempenhava antes.
Vocês estão a ser chamados para viverem acima da razão, estão a ser chamados para estabilizarem-se acima dos mecanismos próprios dos veículos inferiores. Vocês sabem isto. Vocês sentem o apelo. Aquele que já viu a meta, perdeu a dúvida. Aquele que vê a meta, não permite que se voltem a se formar teias etéricas de baixa resolução, entre a sua consciência e a meta que o seu ser interior elegeu.
O ser interior elege uma meta cósmica e tudo fará no Amor para integrar todos os pólos de consciência que compõem um ser total, na busca dessa meta cósmica. Vós sabeis que tudo aquilo que é correto para vós, tudo aquilo que está certo para vós, tudo aquilo que corresponde ao que vós sois, está contido na vossa meta cósmica. Aquele que já contemplou a meta interior, não permite que redes etéricas voltem a obscurecer a verdade que ele um dia contemplou.
Este ser, cada um de vós, este ser que tem a visão da meta, este ser que consciencializou para onde se dirige, e o que o espera, sabe que ou isso, ou não é nada!
Ele sabe que na visão da meta passou por uma transformação total do seu sistema interior.
A visão da meta simplificou, pela ação da economia cósmica, simplificou as suas operações mentais. Simplificou o seu raciocínio, sintetizou o seu mundo interior. A visão da meta sintetizou as suas atmosferas emocionais, as suas atmosferas conceituais, os seus ritmos ocultos.
Este é um Ser - síntese. É um Ser que é animado pela energia de síntese, pela energia que está vinculada ao Pai. Este Ser já não vive no mundo. Este ser vive na própria Vida.
Cada um de vós está percorrendo um mapa de referências interiores de tipo cósmico de natureza cósmica, que caberá por conduzi-lo, este mapa interno que caberá por conduzi-lo à meta.
Cada um de vós é potencialmente este ser - síntese. Este ser consciencializou que a Vida é um oceano de consciência infinitamente criativo. Ele não conhece fronteiras, ele não opera ao nível dos limites de coisa nenhuma, sobre coisa nenhuma.
Todos vós, cada um num grau e numa voltagem compatível com o desenvolvimento de sua vida interior, cada um de vós teve o contato com o caminho. E teve a sua visão da meta. E a visão da meta inicia um processo de energia de consciência, cuja atividade atrai aquilo que em vós se mantém ligado à massa. Em cada dia que passa no vosso tempo linear, a visão da meta apresenta-se na vossa consciência num certo momento no dia. Essa visão é trazida pela Mônada. Ela pode se apresentar como um cristal de significado de altíssima freqüência, ou como um som interno, ou como um cântico suave, magnético que vos chama para o alto ou como um padrão continuamente mutável de direções ascensionais. Ou como uma textura de luz inteligente que vos aponta a meta a atingir, ou simplesmente como uma atmosfera interior de saudade do futuro-eternidade.
Para cada um, a meta apresenta-se da forma certa para polarizar a consciência tridimensional de cada um. Este processo é hermético.
É também por isso, porque este canal de contato com a meta já está aberto, porque esta abertura está a acontecer em muitas placas da consciência coletiva humanidade, que o tempo dos mestres, o tempo dos gurus, terminou.
O contato em certo grau com a vossa meta queima o material renitente. Ele queima o material que possa estar ainda polarizado em sistemas esotéricos. Ou que possam estar ainda vibrando em níveis de submissão à massa.
O contato com a meta, o contato interno com a meta, sublima todo material que possa estar dificultando a vossa apreciação do real.
Existem dois fatores que sincronizados, harmonizados, permitem a visão da meta interior. São dois ritmos complementares: um é de natureza cósmica, é de natureza estelar e desenvolve-se no seio Monádico do vosso ser. Pouco há a dizer sobre este ritmo de despertar. O 2º ritmo, complementar ao 1º, é de natureza planetária e acontece no vosso campo veicular inferior. Acontece na personalidade.
No 1º, no 1º ritmo de despertar, que é de natureza cósmica é necessário que a Mônada entre em contato com energias cósmicas que se encontram descrevendo curvas descendentes entre o plano cósmico dos arquétipos e o plano mental cósmico.
Existem inteligências divinas, correntes de inteligência divina que ligam os arquétipos ao plano mental cósmico.
Quando essas correntes de inteligência divina tocam a Mônada, ela desabrocha para um horizonte de realização da consciência que é infinito, insondável. Nesse momento, a vossa Mônada despertou para a corrente cósmica Crística. É verdadeiramente um mergulho na luz superior. É um batismo Monádico.
Esta oportunidade acontece em função de um certo trabalho que é interno à Mônada. E que não vamos desenvolver aqui, porque não é um trabalho compatível com a linguagem. O batismo Monádico, momento em que a Mônada se encontra com aquilo que é arquétipo, não é algo que possa ser tratado com linguagem.
Deste 1º ritmo, deste despertar do ser para o seu vínculo cósmico, pouco chega à consciência tridimensional, exceto no caso de um ser excepcionalmente afinado, o que é raríssimo na vossa civilização de superfície. Em si mesma a Mônada não adormece nunca. Ela não conhece o estado de ignorância em nenhum aspecto.
Simplesmente, ela realiza aquilo que já sabe. Ela realiza aquilo que conhece como potência. Em si mesma, a Mônada jamais perde a noção daquilo que é, jamais perde a vivência daquilo que é, do seu trabalho, da sua alegria imperecível, do seu contato com o plano Divino. Jamais.
Como extensão direta da vontade do Pai e da super consciência do Pai, como extensão direta desta vontade Divina nos mundos manifestados, a Mônada nunca perde o contato com a sua origem.
Quando dizemos que uma Mônada desperta, dizemos simplesmente que ela desperta para certas energias superiores sagradas, secretas, que a conduzem no compromisso cósmico, e que a conduzem na relação rítmica com os veículos da personalidade. Que a conduzem no progressivo controle destes veículos. É isto que compõe o despertar de uma Mônada. E este primeiro aspecto do despertar da Mônada é essencial. Como sabeis, esse aspecto não depende de nenhuma vontade superficial, não depende da vossa vontade externa. Não há nada que possa ser feito a partir do campo da personalidade que possa acelerar ou atrasar esse processo de despertar.
Esse processo é totalmente independente da vossa pessoa, é totalmente independente dos vossos níveis humanos. Ele é um legado cósmico, é uma herança cósmica. E a sua dinâmica, que é secreta, sagrada, nada tem a ver com o vosso trabalho externo.
Realizem isto. Vocês podem sentir isso. O livre arbítrio não influencia em nada, o despertar da Mônada; inclusive após este processo de despertar monádico, de batismo monádico, nas inteligências arquetípicas, após este processo de despertar que contém em si todas as implicações daquilo que vocês chamam uma iniciação, o ser externo pode durante períodos de tempo, adormecer para a vida do espírito. O ser externo. Mas a sua Mônada jamais voltará aos estágios anteriores.
O contato com as energias superiores que iniciam a Mônada produz transmutações irreversíveis nos vossos veículos superiores, cósmicos, nos veículos Monádicos. Contudo, e para que programa solar, Crístico que está vinculado a cada um de vós se cumpra integralmente, esse primeiro ritmo de despertar, meus irmãos, deve ser complementado pela qualidade com que a consciência tridimensional se relaciona com os seus veículos e pela qualidade com que a consciência tridimensional se relaciona com a Mônada. E este é o vosso trabalho. A qualidade com que vocês estão a se relacionar com os veículos, e a qualidade com que vocês se abrem à Mônada é o vosso trabalho.
Quando falamos de um campo para lavrar, quando falamos de uma pedra bruta que deverá ser transformada em diamante, estamos a falar da qualidade com que a vossa consciência externa se relaciona com aquilo que lhe é ainda mais externo e com aquilo que é interno.
Como sabeis, a consciência tridimensional também é um pólo consciente do ser. É uma emanação do Eu superior. É uma consciência que é emanada do Eu superior para habitar os veículos.
A consciência tridimensional é o embaixador do Eu superior nos mundos tridimensionais. Simplesmente esta consciência tridimensional, por questões por razões físicas, astrais, mentais e no vosso caso por questões etéricas, também perde o contato com sua origem. Então, surge essa amnésia do espírito que caracteriza tantos seres da superfície.
Para que haja uma correta visão da meta é necessário que exista um ritmo de complementação entre a consciência tridimensional e o despertar Monádico. Esta complementação irá realizar a circulação livre, livre, da luz na totalidade do vosso ser.
Quando a luz atinge os planos inferiores do vosso ser, ela expande-se ainda mais nos planos superiores.
Estes dois aspectos do despertar, o despertar cósmico da Mônada e o despertar terrestre da consciência tridimensional devem ser o mais possível sincrônicos, harmonizados.
À medida que a Mônada desperta para o seu destino cósmico, a consciência tridimensional deve despertar para o seu destino Monádico. São dois ritmos do despertar, encadeados, interligados. O pólo de consciência que habita a personalidade deve abrir-se ao despertar maior Monádico que se opera no seu interior. Deve abrir-se a este despertar, assistindo calmamente, sem reações assistindo às lavagens de todos os resíduos que já não interessam para a tarefa que irá ser iniciada.
A nenhum de vós é apresentado o caminho sem ser apresentado uma tarefa que vos irá equilibrar ao longo do caminho. Caminho e tarefa estão íntimamente ligados.
Vocês assistem à lavagem de tudo aquilo que cumpriu a sua função e que não mais vos pode ajudar, e que já não vos diz mais respeito. Isso já está a acontecer convosco, vocês vêem essa lavagem.
E aqui, avisamos, meus irmãos, avisamos que algum do material mais renitente em abandonar o seio do ser são as placas rígidas de átomos mentais que foram criadas pelo contato desse ser com aquilo que vocês chamam de esoterismo clássico.
A permanência em conceitos e noções que estão ligados àquilo que vocês chamam esoterismo clássico, criou nódulos de difícil dissolução na vossa mente.
Foi um ótimo veículo para percorrer um segmento do percurso. Foi ótimo, foi criativo. Contudo, agora estão sendo apresentados a vós novos tipos de pavimento, novos tipos de estrada. Então é necessário mudar de veículo. Vocês aproximaram-se das coisas sagradas, vocês aproximaram-se da Vida do Espírito, transportando convosco os hábitos mentais rígidos das disciplinas externas, das disciplinas exotéricas. Vocês transportaram convosco para o seio das coisas sagradas, para o seio da vida do espírito, a tendência ao enciclopedismo, à comparação, à análise, a tendência para a erudição.
Isso produziu um tipo de situação mental especial que é de difícil remoção. Vocês vêem isso. São estruturas mentais que combinam antigos defeitos mentais, com direcionamento cósmicos corretos mas cuja forma já foi ultrapassada pelos ciclos nos quais o planeta Terra está entrando.
Torna-se muito difícil, há um dispêndio de energia para lá do considerado apropriado, torna-se muito difícil a remoção dessas placas mentais, conceituais ligadas ao esoterismo que vocês por vezes transportam em vós.
Isto porque vocês construíram a vossa segurança interior com base nesses sistemas esotéricos e naturalmente, na fase de limpeza vocês acabam por sentir uma grande insegurança quando são convidados a abandonar esse material. Quando são convidados a entregar também esse material à purificação.
Por aí, vocês podem ver que construíram a vossa segurança em territórios periféricos ao templo, não no interior do templo; vocês construíram a vossa segurança em zonas periféricas do templo, mas não o fizeram no templo, e muito menos no sacrário.
Já há muito tempo que nós vos dizemos: Construí a vossa segurança no único sítio que é seguro, no único sítio que é imune às armadilhas de fora, às armadilhas que vem da forma.
Construí a vossa segurança no Sacrário do templo. No Fogo interno.
LADO B
É no Sacrário, no interior do Templo que está a vossa segurança.
Vocês não se podem esquecer que sistemas esotéricos, que esoterismo também é forma.
Por maior libertação que esteja contida na energia de um sistema, a forma esta lá sempre presente. Vocês sabem que o fim último de qualquer sistema é ser transcendido, no amor ao Pai, na fusão. Vocês sabem que as novas plataformas de consciência no qual o planeta está a entrar requerem outra visão, outra amplitude.
No Sacrário, no Fogo interno, vocês podem tranqüilamente assistir ao trabalho das energias em vós, sem se queixarem, sem se queixarem infantilmente de que a limpeza está a levar coisas que vocês tinham como preciosas.
Preparai-vos para isso, porque a limpeza, a purificação mental e emocional que esta integrada aos dois ritmos de despertar, é algo que vem com o despertar Monádico, e é algo que vem com o despertar da consciência tridimensional; essa purificação vai levar muita coisa que vocês tem como preciosa. Mas isso vai embora também porque já foi usado, porque já contribuiu na sua medida para vos colocar num determinado ponto de consciência.
Em vós, meus irmãos, apenas há uma coisa preciosa: vocês sabem o que é. Esse é o único compromisso.
A consciência tridimensional deve assistir a esta lavagem de situações mentais inúteis, sem perder o contato com a sua origem. Deve assistir ao afastamento de todos esses materiais, de todas estas substâncias com muita calma, com muita segurança, com alegria. Com alegria, pois aí tendes a noiva sendo preparada para o seu noivo. Quando esses dois movimentos de despertar, o batismo Monádico e o despertar da consciência tridimensional, quando esses dois movimentos são sincrônicos e se harmonizam entre si, a meta interior surge de forma ultra definida.
O ser deixa de oscilar na dualidade e alinha-se com seu eixo essencial, com seu corredor de luz, e isso acaba por pô-lo em contato com a sua meta, com a sua origem.
Situações anteriores ganham um novo rosto. Passam a ser vistas como elementos periféricos, dispensáveis para a realização do ser. Isso é visto com muita clareza.
Aquele que viu a meta uma vez, aquele que teve o contato interno, que teve uma vez a visão da meta, vê as oscilações externas próprias dos veículos dissiparem-se e desaparecer. Ele vê os seus passos, a sua ação enriquecer-se com o automatismo solar.
Ele vê os seus veículos alinharem-se com o propósito do Pai, de forma automática, exata e profundamente amorosa.
Porque essa é a vocação última dos vossos veículos, é alinharem-se de forma automática com o propósito do Pai. Esse é o automatismo solar, a libertação. Esse automatismo já existe em vários níveis do vosso ser. Ele está no músculo cardíaco, por exemplo. O músculo cardíaco é automático. Ele responde de forma perfeita aos impulsos que vêm da Mônada. É a Mônada que detém o segredo do funcionamento do músculo cardíaco.
Também o funcionamento glandular e hormonal é automático. Ele não passa pelo vosso livre – arbítrio. Também a circulação sangüínea e a distribuição dessa circulação e a alimentação das células e o metabolismo celular, tudo isso é automático. Tudo isso está de certa forma integrado aos ritmos cósmicos. E isso significa que esses aspectos físicos do vosso ser estão completamente integrados aos ritmos cósmicos. Vocês não têm que se ocupar deles, esse foi um trabalho realizado no passado.
Da mesma forma, mecanismos mentais e emocionais que ainda estão sob a ação do vosso livre-arbítrio passarão ao controle da Mônada e serão integrados ao ritmo solar. Aí inclui-se a relação entre os sexos, por exemplo.
A razão, o processo da dúvida, a opção de uma tarefa do tipo profissional, uma tarefa tridimensional, as relações sociais, aquilo que vem ai, pode ser considerado uma nova cultura. Todos esses aspectos que são básicos vão entrar no automatismo solar, tudo isso passa a estar integrado nos níveis cósmicos de cada um de vós.
Estes processos de relação entre os sexos, a razão, o raciocínio, a dúvida, a opção de uma tarefa tridimensional, a vida social, esses processos vão se tornar automáticos, óbvios, transparentes, não mais vão alimentar labirintos.
Vocês vêem que quando o livre-arbítrio se relaciona com o raciocínio cria um labirinto. Agora, quando o raciocínio for integrado à Mônada, passa a ser um automatismo. Vocês ficam livres dessa tarefa, porque essa tarefa auto - organiza-se.
Reparai que esse automatismo que se integra aos vossos veículos está aí para vos permitir viver com maior liberdade a vida do espírito. Está aí para vos permitir sobrevoar os campos compulsivos tridimensionais. Está aí para vos permitir encontrar a vossa verdadeira identidade. Quando estas funções emocionais, mentais se tornarem automáticas, vocês podem descansar delas, podem se desidentificar delas e partir em consciência para as zonas mais altas do vosso ser. Essa é a única função da integração desse automatismo solar, em vós. Essa é a única função pela qual vocês vão ser harmonizados com os ciclos cósmicos e dentro da Lei.
Nós sentimos, nós sabemos que a palavra automatismo produz reações híbridas em vocês. Vocês tem tido uma má experiência que associaram a essa palavra. Quando falamos de automatismo solar, referimo-nos pura e simplesmente a uma harmonização dos vossos níveis inferiores com os grandes ciclos cósmicos.
Esses níveis inferiores passam a viver dentro da Lei que é própria desses ciclos. E vivendo dentro da Lei nos ciclos, todo o vosso ser pode se integrar com mais facilidade, com mais clareza à Lei dos Ciclos, que é uma Lei ascensional rítmica.
Então, este automatismo solar, que já existe em vários níveis do vosso ser, no físico, como vocês viram, é uma libertação. O resultado da harmonização é espaço virgem para a exploração da criatividade profunda de cada um.
Simplesmente vocês estão praticamente viciados nos processos da mente e nos processos emocionais, de tal maneira que se as Hierarquias comunicam que esses processos vão passar a ser automatizados pelos ritmos cósmicos, pelas constantes cósmicas, alguns de vós ficam sem saber qual será o próximo campo de criatividade. Entrem profundamente em vós mesmos, e ireis ver os imensos campos de criatividade que existem acima da mente.
Reparai; se vocês tivessem que se ocupar com o batimento cardíaco, como seriam? Que espécie de consciência poderiam desenvolver agarrados dessa maneira a um mecanismo básico? Seria uma prisão. Para a plataforma de consciência em que habitamos e que é aquela que nós vos convidamos a habitar agora, também a razão ou a análise são mecanismos básicos óbvios, tal como o batimento cardíaco ou a necessidade de ingerir alimentos. Para nós, o raciocínio é um mecanismo automático. Nós não precisamos nos concentrar nisso para receber os resultados da atividade racional. Esses processos nascem por si e atingem a consciência quando é necessário.
O raciocínio, por exemplo, é um mecanismo básico do ego, das películas exteriores do vosso ser. Nada mais. É inútil para funções superiores. Ele é útil para as funções do ego, e é para isso que existe. E essa integração à harmonia cósmica e a cedência do livre-arbítrio nesses níveis, no nível mental e emocional, que é no fundo a cedência integral do livre-arbítrio, é um passo elementar para a integração da consciência nos campos de vibração solar.
Este automatismo inclui e realiza a liberdade maior. Este automatismo é a porta para a Liberdade maior. Liberdade Maior.
O ser, ao entrar nesse ritmo cósmico superior, vê emergir em si a ausência de necessidade de escolha. O que se traduz em Paz.
Ele vê surgir em si, como uma onda imensa, uma nova segurança. Uma paz que está íntimamente ligada à superação da escolha.
Então, ele sabe que está finalmente nas mãos das Hierarquias às quais ele sempre se quis integrar. E que no fundo o guiaram durante quase todo o tempo, durante todo o tempo. Ele sabe que está nas mãos seguras, nas mãos exatas de Consciências exatas. Ele está integrado a planos de consciência de profunda paz.
Paz.
A paz é algo de que todos vós necessitais muito, agora, nesta etapa. A paz é uma simbiose de energias. É uma energia que coordena outras energias. É também um oceano de consciência. Oceano vibratório onde vão desaguar muitas energias harmônicas. Elas convergem para aí, para a Paz. Essa é a foz do seu curso.
Na paz vão desaguar as energias do perdão, da compreensão, do amor–sabedoria, A energia da vontade iluminada, a entrega. Tudo isso se encontra na paz.
A verdadeira alegria, a alegria profunda do centro do ser também está relacionada com a Paz. E a ordem, aquilo que vocês conhecem e que se chama ordem à qual vocês chamam ordem, isso que é o reflexo externo e interno da perfeição da Mente divina, essa Ordem realiza a Paz. E a paz emerge na ordem.
Vocês vêem a relação entre a Ordem, a Paz e a Lei dos Ciclos? Na Lei dos Ciclos vem a ordem. Com ordem, instala-se a Paz. Se é uma Paz que vem de cima, essa paz existe porque tudo ai está integrado à Lei dos Ciclos, à Ordem.
Existe esta relação hermética, secreta entre a Paz e a visão da meta interior. Em vós, é a visão da Meta interior que realiza a Paz. Se vocês estão em Paz, vocês estão com a visão da Meta interior.
Quanto mais definida, quanto mais aguda, lúcida, se torna a visão que tendes da meta, a visão que tendes da vossa tarefa e a visão que tendes de a quem estais servindo, mais espaço se realiza nos vossos veículos, para que a Paz possa descer sobre eles. Então a Paz desce.
Referimo-nos ao espaço no sentido de harmonização das partículas que compõem cada veículo. A própria paz já vos transmite a vibração da Meta.
A visão da Meta realiza em vós níveis, graus de paz que nenhuma expectativa humana, que nenhuma forma de cultura poderia ter antecipado. Vocês sentem isto?
Vocês sabem que é um estado de paz que é como uma torrente, como um imenso caudal de inteligência estável e harmônica, que no Amor se instala em vós. Que vos organiza instantaneamente a uma velocidade altíssima e que vos cria, cria e que vos abre para o mundo no sentido em que podereis irradiar sobre o mundo.
Existe um nível de Paz que nada tem a ver com nenhuma forma de serenidade humana. Que não é comparável a nenhuma forma de estabilidade emocional. Este nível de Paz, e que é algo que está impresso no Astral cósmico, tem a ver com aquilo que é conhecido no Centro do Sol, com algo que é conhecido no Centro solar.
Como sabeis, todos os centros planetários especiais de um sistema solar, respondem ao Centro solar desse sistema. No Centro do vosso Sol existe um núcleo de Operadores de síntese, uma comunidade de Consciências-regente, uma civilização imaterial que responde a um estado de consciência imenso, esférico, total.
Com certeza que não iremos aqui falar deste Centro, exceto para vos dizer que uma das características desse Núcleo de trabalho é esta forma de Paz cósmica.
Paz. É o som interno contido na palavra, é uma das chaves para o contato com este centro. Mayhuma é o intermediário.
A paz que existe nos Reinos de consciência que não tocam jamais a dualidade; é algo que talvez possa ser compreendido como uma paz estelar, a paz das estrelas a paz de unidade de consciência perfeitamente realizadas, perfeitamente integradas. A paz que emana destes Rostos de luz logoidal que o Pai mantém em manifestação.
Praticamente e sobretudo para o ponto de vista humano, estes Rostos são Rostos do Pai. Eles não conhecem distância. Existe uma Comunidade de consciência e de energia que habita o núcleo de cada uma dessas estrelas. A Paz de que vos falamos é o ambiente dessas Comunidades.
E isso é assim, porque eles têm a visão da Meta, têm uma visão estável da Meta. A sua visão não é obscurecida pela dúvida, eles não têm uma visão da meta oscilante, errática, especulativa. A visão que esses seres têm da meta é hiper-estável. Estável.
Sabei contudo que não é necessário requerer ao exemplo das consciências estelares para vos descrever seres que tem uma visão estável da meta.
Muitos seres humanos têm já uma visão estável da Meta. É um cordão de Amor que liga a vossa consciência ao ponto cósmico supra-planetário que constitui a vossa morada ígnea e que vos chama. Quanto mais estável estiver essa corda, quanto menos ela balançar, quanto mais tensa ela estiver, melhor.
Não vos compete a vós puxar a Meta para baixo. Compete à Meta, que é energia, puxar-vos para cima. E é isso que está a acontecer.
O GNA é um exemplo. É um exemplo desse movimento. Reparem que vai haver um momento da vossa caminhada em que entrarão numa celebração contínua.
Recorrendo aos vossos sistemas conceituais cristãos, podemos dizer que será eternamente domingo, na vossa consciência. Há um ponto na vossa caminhada em que a Meta irá estabilizar na vossa consciência e tornando-se estável, vocês conhecerão a Paz.
Também é certo que alguns de vós estiveram já em contato por vezes, por pequenos lapsos de segundo, com a Paz de que falamos. Alguns de vós já experimentaram isso, já experimentaram o que isso significa. Alguns de vós sabem. Todo aquele que tem uma visão estável da Meta, todo aquele que alberga em si essa qualidade de Paz, todo esse passou por uma mutação irreversível.
Ele já não é o mesmo. Todo o seu ser foi reestruturado em função dessa experiência. E isso acontece acima e abaixo do consciente. E depois acontece no consciente tridimensional e muda, muda tudo.
A Paz de que vos falamos, meus irmãos, tem amplitude cósmica. É um dos pilares da manifestação. E é uma das inteligências maiores que constitui o Portal que conduz ao universo da Vida inalterada.
É uma inteligência maior, a Paz. E guarda um Portal. Aquele que sentiu essa Paz sabe que foi tratado no núcleo das suas células. E para lá disso, foi tratado no núcleo dos seus átomos de forma a que todas as suas células passam a aspirar por essa experiência, continuamente.
A partir dessa experiência, todo o tempo, as partículas que vos compõem passam a dirigir-se em oração a esse nível, a esse grau de paz que está íntimamente ligado à visão da Meta interior à ausência de dúvida, e à ausência de opção.
Um dos obstáculos tem sido vocês, consciências tridimensionais, considerem-se o único nível de consciência do ser ao qual pertencem. De fato, as partículas que vos constituem entram em estado de oração também. As vossas células, os vossos agentes biológicos conhecem o sagrado. As vossas células conhecem o sagrado.
Naturalmente, a consciência tridimensional é a passagem maior para o nível celular dessa vibração, o Sagrado. Por isso, a vossa atitude é importante na transmutação do material em vós que ainda não responde ao apelo da vida do espírito. A vossa atitude é importante.
Cada uma de vossas células biológicas (falamos da contra parte física do vosso veículo astral) conhece o que é oração. Simplesmente pelas vossas opções essas células estão contaminadas com medo, com compressão, com retração. Mas após certos estágios percorridos por vosso ser, também elas entram em oração. (Alguns indivíduos dos vossos corpos poderão ser mais relutantes e estes, como sabeis, deverão ser canalizados em outras direções, para outras experiências.)
A harmonização entre todos os planos que vos compõem, realiza em vós a Paz Cósmica.
A Paz de que vos falamos é uma iniciação, consigo ela traz uma iniciação, ela é o selo de uma iniciação.
André -- (1992)